Nesta quarta-feira (12), 120 profissionais das 24 unidades da rede Hemominas se reuniram em Belo Horizonte para o Encontro de Profissionais do Ambulatório e para o Encontro de Humanização, eventos que acontecem simultaneamente até amanhã.

O diretor técnico-científico da Fundação, Fernando Basques, fez a abertura dos eventos. Ele explicou a opção por unificar os dois encontros e justificou: “Os temas se relacionam, já que a humanização deve estar presente em todos os nossos serviços”. Além disso, segundo o diretor, é necessária uma troca constante de conhecimentos para que as equipes se fortaleçam cada vez mais e ofereçam um atendimento pleno aos pacientes da Hemominas. “Não adianta termos boa estrutura, remédios adequados e profissionais em número suficiente se não tivermos um atendimento humanizado”, finaliza.

Logo após, foi a vez do médico do Hemocentro de Belo Horizonte, Ricardo Carmo, fazer sua exposição sobre a Comissão Permanente de Avaliação e Revisão de Prontuário Médico, criada na Hemominas em 2006. Ele lembrou a importância do preenchimento e registro corretos dos dados do paciente e dos atendimentos realizados nos ambulatórios da hemorrede. “É a garantia de uma boa assistência, além de ser um instrumento legal para a instituição”, explica. Atualmente os registros são feitos manualmente, mas no próximo ano, a expectativa é implantar o prontuário eletrônico.

Já a consultora do Ministério da Saúde, Rosa Maria Câmara, falou sobre a Política Nacional de Humanização. Para ela, para que se consiga praticar a humanização plenamente, primeiro é preciso entender a complexidade do SUS e do país: sua dimensão geográfica, econômica e cultural. “Pensar em humanização é pensar num movimento que reafirma os valores éticos e humanitários na saúde, o respeito à vida e às diferenças”. Para isso, a consultora destaca a importância das “rodas de conversa”, para discutir os pontos a serem melhorados e estreitando o relacionamento dos profissionais, gestores e sociedade.