No sábado, 27 de abril, o Hemocentro de Belo Horizonte recebeu dois grupos de cidadãos voluntários que, além de se candidatarem à doação de sangue, movimentaram com alegria doadores e pacientes. Um grupo, que distribui abraços no projeto “Seu afeto me afetou”, já está se constituindo em uma organização não governamental nomeada “Que se ame!” para consolidar as ações de abraços, que há seis anos espalham por vários cantos da cidade, em creches, hospitais e praças. O outro grupo reúne pessoas amantes de carros esportivos, que se encontram regularmente há cerca de dois anos e que, pela primeira vez, se mobilizaram para a doação de sangue.

 

O Low4life Club (L4L), grupo de aficionados por carros esportivos, planejou o encontro com o Setor de Captação de Doadores do Hemocentro: “pelo menos uma vez por mês nos reunimos em diversos locais em Belo Horizonte para conversar sobre os carros. São pessoas da região metropolitana que têm em comum a paixão pelos carros esportivos. Daí surgiu a ideia de, em nossos encontros, promovermos ações humanitárias e solidárias como recolher alimentos e agasalhos. É a primeira vez que nosso grupo vem doar sangue”, afirma Tiago Trindade, já doador fidelizado, um dos organizadores e idealizador do evento.

O casal Leildson Arcanjo e Fabiana Rodrigues, do L4L, trouxe os filhos Kauã e Kaic para o encontro. Enquanto aguardavam que Fabiana terminasse as etapas que antecedem a doação de sangue, Leildson e as crianças interagiam com os demais participantes, contribuindo para a mobilização. O L4L tem mais de 200 membros, sendo que os organizadores esperavam o comparecimento de mais de cinquenta para se candidatarem à doação de sangue. Um caso interessante é o retorno de Cássio Rachid, de 43 anos, e que realizou sua última doação em 2000. “Com este encontro vou retomar o hábito de doar sangue regularmente. A gente fica na correria, com falta de tempo e vai deixando a doação de sangue para depois. Com o grupo estou tendo a oportunidade de voltar a doar”, conta Cássio que já estava na triagem hematológica, etapa que antecede a coleta de sangue.

“Seu afeto me afetou”

Enquanto isso, a turma do “Abraço” abordava os demais doadores - voluntários e também os que vieram de caravanas do interior -, portando estandarte e vestidos com a camiseta do grupo, chamando todos para a troca de afeto e já mobilizando para o Carnaval de 2014: “o abraço age sobre os níveis hormonais e tem efeitos positivos no sentimento de cada um. As pessoas querem se sentir compreendidas e o abraço pode ser o veículo que transmite compreensão e empatia”, ressalta Cleidi Souza, psicanalista e organizadora do movimento “Abraço”. Segundo Cleidi, há seis anos um grupo de amigos começou a distribuir abraços e hoje já são muitos os voluntários que participam das ações em diversos lugares. “Aqui, hoje, estamos esperando a participação de cerca de 40 participantes. Vamos nos candidatar para doar sangue e também distribuir abraços”, afirma.

Fantasiados de vampiro do bem, Maria Romanhol, também psicanalista, fez par com o jornalista Márcio Luiz da Silva. Brincando com os presentes, Márcio quis saber onde estavam os estoques de sangue e, visitando os pacientes do ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte, constatou que os estoques estavam ali, sendo transfundidos com cuidado em crianças, idosos e adultos que precisam dos hemocomponentes para sobreviver. Assim que terminou a visita à enfermaria, Márcio doou sangue: “como vampiro do bem vou deixar um pouquinho do meu sangue aqui e, além de distribuir abraços, vou mobilizar para a doação de sangue”, conclui.

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