O hematologista do Hemocentro de BH, Marcelo Froes, explica o procedimento de aférese para os visitantes hondurenhos

Nesta semana, a Fundação Hemominas colaborou em mais uma etapa do programa federal de cooperação técnica internacional na área de saúde. A microbiologista e responsável pelo Departamento de Medicina Transfusional do Hospital Escuela Universitário, Griselda Azucena Elvir Castillo, e o hematologista Darwin Nicolás Martínez Ferrufino, vieram de Honduras, país da América Central, para conhecer de perto o trabalho desenvolvido pela hemorrede na capital mineira.

“Em Honduras, a maior parte das doações de sangue é feita através da Cruz Vermelha, que capta de 30 a 40 mil doações por ano. Em nosso hospital, captamos em média 20 mil doações por ano. Nossa ideia é criar uma rede de hemocentros no país, nos moldes do que é feito pela Hemominas”, explicou Griselda.

Os médicos hondurenhos detalharam que o projeto do hemocentro está sendo construído há alguns anos, mas que é necessário convencer as autoridades do país a investir no crescimento e na qualidade do sistema hemoterápico em Honduras. “De qualquer forma, levaremos muitas ideias que não requerem muitos recursos e que já poderão ser implementadas”, comemorou a médica.

Para o hematologista Darwin Ferrufino, a visita à Hemominas foi produtiva em todos os aspectos. Ele destacou a importância do Laboratório NAT, já que em Honduras ainda não é utilizado este método. O NAT (Teste de Ácido Nucleico) detecta agentes químicos capazes de desenvolver doenças, sobretudo dos vírus HIV e da hepatite C, em períodos menores do que testes convencionais.


Projeto de Cooperação

O Programa de Cooperação Técnica Brasil-Honduras é uma iniciativa da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), e inclui projetos em diversas áreas, como saúde, agricultura recursos hídricos, educação alimentar e nutricional, desenvolvimento social e gestão pública.

Em 2015, Heloísa Gontijo, Viviane Guerra (Captação Hemominas) e Dirlene Pereira (Enfermagem da Coleta) receberam as médicas da Secretaria de Saúde de Honduras, Ada Aurora e Aida Rubenia.
Em 2015, Heloísa Gontijo, Viviane Guerra (Captação Hemominas) e Dirlene Pereira (Enfermagem da Coleta) receberam as médicas da Secretaria de Saúde de Honduras, Ada Aurora e Aida Rubenia. Foto: Adair Gomez.
Os projetos são executados por instituições brasileiras de reconhecida competência. No Brasil, a Fundação Hemominas foi escolhida para contribuir na capacitação de profissionais médicos hondurenhos como responsáveis técnicos de serviços de hemoterapia.

Em abril de 2015, a presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioffi, e o consultor da Coordenação Geral do Sangue e Hemoderivados, Helder Melo, estiveram em Tegucigalpa, Honduras, onde se reuniram com técnicos de saúde, com objetivo de contribuir para a revisão do marco legal e da política de sangue e hemoderivados daquele país.

Em dezembro desse mesmo ano, duas profissionais de saúde de Honduras estiveram no Brasil para uma visita técnica, dentro do projeto de cooperação. Ada Aurora Reyes Maldonado e Aida Rubenia Pavon Salazar, médicas da Secretaria da Saúde de Honduras, conheceram as práticas de captação de doadores voluntários de sangue na Hemominas

Os intercâmbios com as equipes técnicas hondurenhas orientam a proposta de estruturação de uma política de sangue nacional e de um sistema integrado de serviços de hemoterapia, com governança única e centralização de atividades hemoterápicas de acordo com sua complexidade, bem como a absorção dos atuais serviços de hemoterapia, como pontos de coleta e de transfusão de sangue.





Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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