A hemoterapia é um serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde. Diferente de outros serviços do SUS, cujas definições de competências nas esferas de Governo (federal, estadual e municipal) são ditadas quase exclusivamente pela complexidade dos procedimentos e pela atenção básica, a hemoterapia somente é possível com a participação direta das três esferas de Governo em cada uma de suas unidades públicas.

A composição da equipe nas unidades hemoterápicas, por ser atividade complexa, porém de saúde pública básica e com ações diretas junto aos municípios, precisa da participação dos agentes de saúde municipais. Este modelo de composição de equipe, com cessão de funcionários pela esfera municipal de governo para executar as atividades locais, é, por excelência, o preconizado pelo SUS.  Esse modelo é imprescindível para que o insumo – sangue – seja trabalhado localmente, processado em nível e por servidores estaduais, retornando ao município em forma de hemocomponentes para transfusões. Nessa complexa estrutura, a participação de técnicos e administrativos locais no trabalho diário hemoterápico traz inúmeros benefícios junto a doadores de sangue e pacientes, compondo um sistema humanizado de prestação de serviços SUS.

Em setembro de 2015 foi realizada reunião de ajustes de melhorias para a hemoterapia, por meio da unidade de Divinópolis, entre o prefeito Vladimir de Faria Azevedo; o secretário municipal de Saúde, David Maia D’Oliveira; Valéria Sutana, coordenadora da Hemominas de Divinópolis; Nilba Oliveira, gerente administrativa da unidade; Fernando Basques, diretor Técnico-Científico da Hemominas, e a presidente Júnia Cioffi, quando foram esclarecidos os princípios que regem o modelo hemoterápico regionalizado e a participação de cada esfera de Governo nessa prestação desses serviços especializados. Na reunião, foram discutidas a possibilidade de ampliação física do Hemonúcleo de Divinópolis e a renovação do Termo de Cooperação entre as instituições, instrumento necessário à operacionalização da unidade e composição do Sistema Único de Saúde na hemoterapia e hematologia.

Em que pesem as definições da gestão municipal e as prerrogativas legais elencadas, cabe esclarecer a opinião pública que, em função do corte de servidores cedidos à hemoterapia de Divinópolis, os serviços locais tornam-se fragilizados. É preciso um esforço para priorizar a hemoterapia como serviço fundamental de saúde pública, onde a corresponsabilidade dos entes constituintes do SUS é imprescindível.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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