Equipe do Projeto REDS III

As ações envolvem estudos sobre a doença falciforme e tiveram início na quarta-feira (8), no Hemocentro de Belo Horizonte (HBH). 

Sob a coordenação da doutora Anna Bárbara Proietti, o projeto conta com a participação de especialistas e técnicos dos hemocentros de Belo Horizonte (HBH), Montes Claros e Juiz de Fora, além do epidemiologista norte-americano Christopher Mc CLure e da professora da USP, Lígia Capuani.

Mc CLure, que vem ao país pela quarta vez, é gerente dos estudos do Programa REDS III nos EUA, África do Sul, China e Brasil, atuando na RTI International, com sede nos Estados Unidos. Sua visita teve dois objetivos: treinar os coordenadores e técnicos dos laboratórios para aliquotar adequadamente as amostras do projeto (procedimentos relacionados ao processamento e armazenamento das amostras); e também participar do treinamento ministrado pela professora Lígia Capuani sobre o novo sistema de informática – SMS – desenvolvido por ela e que será utilizado no gerenciamento dos estudos.

Segundo McCLure, a logística do novo sistema é complicada, mas a grande vantagem é que controla todos os detalhes da pesquisa. Entre os avanços do projeto até agora, ele destaca: “Entre os 2800 participantes do REDS III, conseguimos constituir no Brasil a maior coorte da doença falciforme do mundo. Agora, o estudo prospectivo desta segunda fase vai acompanhar os pacientes ao longo do tempo para verificar o impacto da transfusão de sangue no sistema imunológico do paciente e os benefícios da transfusão frente às complicações que a doença apresenta”.  Dizendo-se feliz em trabalhar com os brasileiros e com a equipe, ele ressalta:  “São muito competentes e interessados em estudar o problema!"

Também a pesquisadora Anna Bárbara salienta que “o projeto é muito importante para o paciente de anemia falciforme, doença congênita que traz muito sofrimento e precisamos avançar nas pesquisas para que se chegue a um tratamento que realmente contribua para a melhoria de sua qualidade de vida”. O REDS III começou há mais de dois anos e vai até 2018.

Participantes:  Dra. Rosimere Motta e as técnicas de laboratório, Maria Aparecida Santos e Maria Eunice Lima, de Montes Claros; doutora Daniela Werneck, Laysla Cardoso, de Juiz de Fora; doutora Anna Bárbara e as biólogas do HBH Carolina Teixeira, Tassila Salomon, Franciane Mendes e Valquíria de Souza.

REDS

O REDS (Retrovirus Epidemiology Donor Study) é o principal estudo patrocinado pelo U.S. National Heart, Lung, and Blood Institute of the National Institutes of Health (EUA). As pesquisas referem-se ao processo de doação de sangue, ao acompanhamento de exames positivos para vírus em candidatos à doação e, nesta etapa estuda a doença falciforme, que é um problema de saúde pública no Brasil e a doença genética de maior incidência no mundo.

No Brasil, participam do REDS pesquisadores de quatro hemocentros públicos brasileiros (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco), da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal de São Paulo/Fundação Pró-Sangue. Dos Estados Unidos, são parceiros a Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA); o Blood Systems Research Institute  (BSRI); o Research Triangle Institute (RTI); e o Children’s Hospital Oakland Research Institute (CHORI). A cooperação foi iniciada em 2005.

A Fundação Hemominas participa do REDS III com estudos em três unidades: hemocentro de Belo Horizonte e hemocentros regionais de Juiz de Fora e de Montes Claros, que refletem regiões distintas de Minas Gerais – Central, Sudeste/Zona da Mata e Norte e fazem atendimento ambulatorial, além de terem pesquisas em andamento. A etapa III do estudo REDS envolve aplicação de recursos de mais US$ 4 milhões, oriundos dos Estados Unidos, em pesquisas que vão até 2018.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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