O médico hematologista da Hemominas, Marcelo Fróes, falou sobre como são realizadas as transfusões atualmente.

Na manhã desta quarta-feira (3/04), cerca de 150 profissionais de agências e assistências hemoterápicas de hospitais públicos e particulares conveniados com a Fundação Hemominas estiveram no auditório do DEER-MG para um encontro que abordou o tema de Identificações e Notificações das Reações adversas no Ciclo do Sangue.

O evento fez parte das ações do Núcleo de Segurança do Paciente e Doador- NSPD da Fundação Hemominas, em conjunto com o Comitê Transfusional do HBH, para comemorar o mês instituído pelo Ministério da Saúde como “Abril - Mês da Segurança do Paciente”. A Fundação Hemominas criou o Núcleo para contemplar ações de segurança não só para o paciente, como também para o doador.

Palestras

A programação do evento contemplou diversas palestras sobre as reações transfusionais que podem ocorrer em doadores e pacientes durante os processos do ciclo do sangue, bem como a importância dos registros das informações, notificação aos serviços de saúde envolvidos e ações preventivas.

Segundo a enfermeira Lauriete Reis, da Gerência de Enfermagem da Hemominas, as ações de hemovigilância são fundamentais. “Os profissionais envolvidos no processo precisam saber identificar os riscos e propor medidas de prevenção e cuidado”, reforçou. As reações adversas podem ser classificadas quanto ao seu tempo de ocorrência, gravidade, tipo de doação e extensão. “A questão psicológica do doador também pode interferir muito na ocorrência de reações”, complementou Lauriete.

Durante toda a manhã, as palestras destacaram a importância de registrar todas as reações transfusionais corretamente, além de explicar as principais condutas que o profissional de saúde deve tomar para prevenir e contornar essas situações.

Adriana Drumond, enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente e Doador da Diretoria Técnico-científica da Hemominas, enfatizou que o médico é quem deve fazer a indicação do procedimento transfusional. “É importante que a prescrição seja preenchida corretamente, sinalizando qual o procedimento que a enfermagem deverá seguir durante a transfusão”, explicou.

Antes da realização da transfusão, alguns cuidados são imprescindíveis: identificação correta do paciente, conferência do hemocomponente com inspeção visual e verificação da integridade da bolsa, prescrição médica e dupla checagem em beira de leito. Também é preciso explicar o procedimento ao paciente ou ao seu acompanhante, além de registrar todos os dados no prontuário. “Conferir, identificar e checar garantem a segurança antes, durante e depois do ato transfusional”, confirmou Adriana.

O médico hematologista da Hemominas, Marcelo Fróes, explicou que atualmente as transfusões são realizadas avaliando cada paciente individualmente, ao contrário do que era usual, quando as transfusões ocorriam de acordo com critérios pré-selecionados.

A programação contou também com palestras de profissionais da ANVISA/Vigilância Sanitária Estadual e Hemovigilância /Comitê Transfusional do Hemocentro de Belo Horizonte.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar