Mesa de abertura do 1º Encontro Mineiro de Assistentes Sociais - Da esquerda para direita – Maria Zenó Soares, presidente da Dreminas. Prof. José Nélio Januário, coordenador técnico do Cehmob.  Júnia Guimarães Cioffi, presidente da Hemominas. Prof. Tarcizo Afonso Nunes, diretor da Faculdade de Medicina da UFMG. Ana Margareth Gomes, técnica do Ministério da Saúde. Nilmário Miranda, secretário da SEDPAC. Iara Viana, superintendente das Diversidades Étnicas Raciais da SEE-MG. Ana Maria Gomes Bertelli, membro do CRESS - Foto: Adair Gomez

O evento, realizado em 19 e 20 de junho, teve palestras e debates sobre previdência social, atendimento familiar e atuação do serviço social.

O 1º Encontro Mineiro de Assistentes Sociais, realizado pelo Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob), em Belo Horizonte, teve o patrocínio do Ministério da Saúde com apoio da Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia do Estado de Minas Gerais (Dreminas), Federação Nacional das Associações de Doença Falciforme (Fenafal), Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e secretarias municipais de saúde e de assistência social do Estado. O evento, que reuniu cerca de 500 participantes de todo o país, teve como objetivo discutir a atuação do profissional de Assistência Social na atenção às pessoas com doença falciforme. 

Durante a abertura do encontro, que aconteceu no dia 19/06, data em que é comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença Falciforme, o diretor do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) e coordenador do Cehmob, José Nélio Januário, afirmou que o evento é uma oportunidade de discussão e reflexão sobre as ações que precisam ser realizadas para os pacientes de doença falciforme. “A taxa de mortalidade ainda é alta para nossos padrões. O acesso a alguns serviços ainda precisa melhorar, não apenas na urgência e emergência.”

A presidente da Dreminas, Maria Zenó Soares, lembrou que grande parte dos pacientes falciformes vive em vulnerabilidade social. “95% deles são negros. Além de conviver com a doença, ainda sofrem discriminação.” Zenó também citou, entre os motivos dos altos índices de mortalidade, a falta de conhecimento das pessoas sobre a doença. “A doença não mata. O que mata é a desinformação de pacientes e profissionais de saúde, o que pode comprometer o tratamento”.

 

A presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioff, ressaltou a intenção de se integrar a doença falciforme na Atenção Básica do SUS.
A presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioff, ressaltou a intenção de se integrar a doença falciforme na Atenção Básica do SUS - Foto: Adair Gomez.

Júnia Cioffi, presidente da Hemominas, lembrou que, com o início do Teste do Pezinho, em 1998, houve uma evolução muito grande no atendimento aos pacientes falciformes, mas que ainda há muito que fazer no que diz respeito à integralidade do atendimento. Júnia também transmitiu aos participantes do evento a intenção do secretário de Estado da Saúde, Fausto Pereira, em integrar a doença falciforme na Atenção Básica do SUS.  Desse modo, os profissionais que atendem nos centros de saúde do Estado seriam capacitados a melhorar o atendimento aos pacientes falciformes, principalmente nos casos de urgência. “Acreditamos que isso ajudará a combater a morbidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou.

O Secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, André Quintão, reafirmou a importância do trabalho dos assistentes sociais na construção do SUS. “O desafio é grande, mas o assistente social é um profissional capacitado e imprescindível para a integração das políticas públicas”, afirmou Quintão. Ele ainda citou a necessidade de ampliação e valorização dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) nos municípios.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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