A coordenadora médica do Hemocentro de Ribeirão Preto, Eugênia Maria Amorim Ubiali, durante mesa redonda sobre qualidade e acreditação dos bancos de sangue.

Durante a tarde desta sexta-feira, 17/04, um dos assuntos discutidos durante o Congresso do Grupo Cooperativo Ibero-Americano de Medicina Transfusional (GCIAMT) foi a qualidade e acreditação de bancos de sangue. Cinco referências na área expuseram seus pontos de vista sobre o assunto.

A coordenadora médica do Hemocentro de Ribeirão Preto, Eugênia Maria Amorim Ubiali, falou sobre o desafio de se manter a qualidade dos serviços após a certificação. Tema pertinente à realidade do Hemocentro de Belo Horizonte, que recebeu a certificação recentemente.

De acordo com ela, não é fácil conseguir a acreditação, assim como não é fácil conseguir mantê-la. Para ajudar nesse processo, ela cita alguns fatores essenciais. “Manter um sistema de qualidade organizado, motivador e conhecedor das rotinas dos setores da instituição é um ponto forte para a manutenção da certificação. Nossa experiência é muita boa em ter no Sistema da Qualidade profissionais técnicos da área do sangue, ao invés de profissionais administrativos. Outro ponto importante são as auditorias internas e externas periódicas de re-certificação/re-acreditação”, afirmou.

Outro ponto forte para se manter a acreditação dos serviços, são os recursos humanos da instituição. “Precisamos dar atenção diferenciada aos recursos humanos já existentes, com  capacitação contínua para adesão e fidelidade às etapas dos processos, a fim de mantermos a motivação inicial. E precisamos ter cuidados com a renovação de pessoal, incluindo-os  no compromisso de adesão ao Sistema de Qualidade da instituição, com o nivelamento do conhecimento sobre os conceitos e ferramentas da qualidade para que eles entendam o que fazer, como fazer e porque fazer. E claro, o envolvimento da direção é fundamental! Ela também precisa utilizar as ferramentas do Sistema de Qualidade, reconhecer e mostrar a importância e os benefícios do processo para a instituição e externar reconhecimento e orgulho pelo trabalho dos colaboradores e pelo desempenho da instituição frente aos objetivos propostos”, afirmou Eugênia Ubiali.

Por fim, ela citou a experiência do Hemocentro de Ribeirão Preto que implementou, este ano,  um curso anual teórico prático sobre os conceitos básicos e avançados de Sistema da Qualidade. “Pretendemos com esse curso manter a motivação e trazer novos conhecimentos para a equipe. Tivemos 80 inscritos, num ambiente agradável, alegre e muito positivo. O curso trouxe atividades teóricas e práticas simuladas abrangendo os diversos conceitos a serem revistos/aprendidos. Teve duração de 40h, que preferimos distribuir, em 2h a cada 15 dias, para não interferir nas atividades diárias”, contou.

As outras palestras da mesa redonda trataram de temas similares. O tema “Gestão de risco no ciclo do sangue na visão da Vigilância Sanitária”, foi tratado pelo farmacêutico bioquímico da Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos, João Batista Silva Júnior. Ele falou sobre o modelo regulatório de sangue no Brasil e sobre o método de gestão de riscos sanitários em sangue, utilizado pela Vigilância Sanitária. O farmacêutico Ricardo Haddad, do Hemocentro de Ribeirão Preto, falou sobre a “Acreditação e qualidade assistencial”. Outra palestra que compôs a mesa,“Por que é importante a centralização dos bancos de sangue?”, foi ministrada pelo diretor científico do Banco de Sangue, Tecidos e Células da Secretaria de Saúde de Bogotá, na Colômbia. Fechando o ciclo de palestras, o diretor geral do HEMORIO, Luiz Amorim, deu a palestra “Por que certificar bancos de sangue? A experiência de um serviço certificado”, na qual explicou sobre os processos de certificação e relatou as dificuldades e os benefícios que a acreditação trouxe ao HEMORIO.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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