Outro tema  abordado na manhã de quarta-feira (15), no GCIAMT – Congresso do Grupo Cooperativo Ibero-Americano de Medicina Transfusional foi sobre as Doenças Transmissíveis pelo Sangue.

Sobre o assunto, foi realizada a mini-conferência: Detecção de agentes infecciosos em hemocomponentes não plasmáticos, ministrada por Maria Rios, pesquisadora e chefe da seção de Arbovírus no Laboratory Emerging Phatogens da FDA (EUA).   

Na sequencia dos assuntos Ricardo Andrade Carmo, médico infectologista da Fundação Hemominas, palestrou sobre Hepatite B oculta (HBO).  “A HBO é a quinta fase da infecção da hepatite, é o fenômeno da história natural da hepatite”, disse.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem 2 bilhões de pessoas infectadas com a hepatite B e 350 milhões com hepatite B crônica.

Dando continuidade aos trabalhos da manhã, o diretor do Centro de Transfusão Sanguínea de Sevilha ( Espanha), Salvador Oyonarte, proferiu a palestra sobre “Detecção molecular de vírus transmissíveis pelo sangue na triagem do doadores de sangue na Espanha”.  

Já Bernardo Camacho Rodríguez, diretor científico do Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical e Unidade de Terapia Celular, da Secretaria de Saúde de Bogotá ( Colômbia ) palestrou sobre o tema “Detecção molecular de vírus transmissíveis pelo sangue e seu desempenho na América Latina”. A palestrante Maria Rios (EUA), encerrou a mesa de palestras com o  com o tema “Patógenos emergentes e transfusão”.

Alternativas e Avanços na Hemoterapia

Sangue artificial: sonho ou realidade? Este tema foi ministrado pelo médico e presidente da ISBT – International Society oh Blood Transfusion  (EUA), Celso Bianco.  Celso explicou que “os esforços para produzir componentes de sangue em laboratório incluem componentes celulares, plasmáticos e células precursoras da medula óssea”. De acordo com médico muitos produtos são realidade ao nível experimental, alguns já são realidade comercial. As tentativas iniciais sobre o assunto surgiram na década de 1970.  Até a primeira década do século 21, companhias investiram mais de US$ 2 bilhões na preparação e em ensaios clínicos. No Brasil, a fabricação de sangue artificial é uma realidade distante. 

O médico Jorge Curbelo ( Uruguai ), falou sobre Hemobus : realidade de uma comunidade comprometida. O médico falou sobre o projeto de construção de uma unidade móvel de coleta externa de sangue. “O Hemobus foi um sonho que só se tornou realidade devido ao comprometimento da comunidade e de entidades,  várias ações foram realizadas no intuito de angariar fundos para a construção do veículo que foi concluída em outubro de 2014”,  disse.

Dando sequencia aos temas da tarde, a especialista Paula Castellanos ( Guatemala)  proferiu a palestra: Plasma rico em plaquetas e seu uso não transfusional. Alfredo Mendroni, da Fundação Pró Sangue, falou sobre a Inativação de patógenos em hemocomponentes. 

Maria Clara Fernandes da Silva Malta, responsável pelo Núcleo de Inovação Tecnológica da Fundação Hemominas, encerrou os trabalhos com a palestra: Utilidade e aplicações da genotipagem eritrocitária na transfusão: a experiência da Hemominas. A genotipagem de grupos sanguíneos foi implementada na Fundação a partir de 2005 com o sistema Rh. “Com o uso de ferramentas moleculares simples e conhecimento de bases genéticas dos antígenos eritrocitários podemos obter resultados significativos, beneficiando centenas de receptores de hemocomponentes”, concluiu.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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