A responsável técnica pelo Serviço de Enfermagem do Ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte, Jaciane Silva, durante a palestra "Boas práticas na instalação da transfusão"

A Fundação Hemominas se preocupa com a qualidade de seu produto, quanto maior for a segurança do sangue e dos hemocomponentes coletados, melhor será para o paciente que receberá este serviço. A saúde de quem precisa receber uma doação certamente estará debilitada, e o sangue atua como um remédio que somente o corpo produz.

Diante da importância destes processos hemoterápicos, a Hemominas, reconhecida pela sua credibilidade e pela qualidade que oferece em seus serviços, realizou o VIII simpósio de transfusão sanguínea para tratar do tema. Vários aspectos foram discutidos, entre eles, a importância do laboratório na seleção correta de um hemocomponente para transfusão.

Durante a tarde do dia 14 de abril, as mesas III e IV contaram com palestrantes especialistas nas áreas de boas práticas na instalação da transfusão e no atendimento às reações transfusionais, além do papel do enfermeiro no comitê transfusional. As discussões tiveram enfoque nas melhores maneiras de manter e produzir um produto seguro tanto na parte laboratorial quanto no preparo do paciente para receber os hemocomponentes.

Jaciane Silva, responsável técnica pelo serviço de enfermagem do ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte, levou à mesa IV a discussão sobre boas práticas na instalação da transfusão e ressalta que não são burocráticos os processos que a Hemominas adota. “São muitas regras, muita exigência, isto precisa ser compreendido não como burocracia, mas sim como parte da segurança do processo transfusional”, afirmou.

Falando sobre as melhores práticas no atendimento às reações transfusionais, Claudielena Barboza Gimenez, enfermeira do ambulatório do Hemonúcleo de Sete Lagoas, citou a importância de estar próximo ao paciente nos primeiros momentos após a transfusão. “Nos primeiros dez minutos de transfusão são que as piores coisas acontecem, neste período deve-se ficar ao lado do paciente”, enfatizou.

Ainda durante a mesa IV, o papel do enfermeiro no comitê transfusional foi abordado pela enfermeira responsável pelo serviço de hemovigilância do Hemocentro de Belo Horizonte, Shena Jordan Mclean dos Santos. “É a equipe de enfermagem que está próxima do ato transfusional, ela que irá ligar a bolsa, que está atenta para intervir a qualquer situação adversa do paciente, e também vai registrar no prontuário do paciente se houve alguma reação e qual reação foi”.

A segurança dos hemocomponentes dentro dos laboratórios é um tema pertinente. Caso aconteçam falhas, ou procedimentos errados, a saúde do paciente que irá receber o sangue e seus hemoderivados poderá ser comprometida a ponto de levar o paciente a óbito. Um tema diretamente relacionado a segurança laboratorial são provas cruzadas incompatíveis.

 

A farmacêutica da Central de Imunohematologia da Diretoria Técnico-Científica, Mariana Martins Godinho, discorre sobre a importância das provas cruzadas durante o Simpósio.
A farmacêutica da Central de Imunohematologia da Diretoria Técnico-Científica, Mariana Martins Godinho, discorre sobre a importância das provas cruzadas durante o Simpósio. Foto: Adair Gomez

O ambiente dentro dos laboratórios precisa ser o mais tranquilo possível, para que o técnico possa desenvolver seu trabalho de forma mais segura, é o que afirma o biomédico do setor de prova cruzada e distribuição do Hemocentro de Belo Horizonte, Dirceu Albino. Ele ficou responsável pela palestra sobre situações de estresse no laboratório de prova cruzada.Este assunto foi discutido pela Mariana Martins Godinho, farmacêutica da Central de Imunohematologia da Diretoria Técnico-Científica, que discorreu sobre a importância das provas cruzadas. “A prova aponta, entre outras coisas, a presença de anticorpos irregulares não detectados na PAI do receptor. Precisamos analisar a situação de cada paciente de forma particular, todos os dados clínicos e histórico transfusional de cada um, são extremamente importantes”.

“Estrutura física, técnica, capacidade da equipe, suporte técnico e disponibilidade dos hemocomponentes são alguns dos fatores internos que geram estresse. Já os principais fatores externos estão relacionados a pressão, cobrança médica, cobrança da equipe de enfermagem e o não cumprimento dos procedimentos legais”, enfatiza Dirceu.

“Prefiro estar com a geladeira cheia de hemocomponentes e atender todos os pedidos, trabalhando 24 horas por dia, do que a geladeira estar vazia e o telefone tocando a cada cinco minutos”, conclui Dirceu Albino.

Finalizando o dia de palestras do simpósio promovido pela Fundação Hemominas, a gerente da Central de Imunohematologia do Hemocentro de Belo Horizonte, Luciana Cayres Schimidt, falou sobre a importância do laboratório na seleção adequada de um hemocomponente para transfusão.

“Um hemocomponente errado, um paciente que recebe uma transfusão incompatível, pode sofrer sequelas sérias, e claro, pode até morrer, é preciso cuidado e segurança muito grande neste aspecto”, declarou Luciana, que encerrou afirmando “somos uma Hemorede, portanto, podemos nos unir para atender a demanda do paciente”.

Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

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