A gerente técnica do HBH, Laiz Marzano, durante encontro com doadores de sangue raro

Para promover a aproximação dos doadores de sangue com os serviços e captadores da Fundação Hemominas, foi oferecido um café da tarde aos doadores de sangue raro, nesta terça-feira, 28/04.

O encontro teve o objetivo de reforçar aos doadores de sangue raro a importância deles esperarem a convocação da Hemominas para fazerem a doação. O alerta se justifica pela dificuldade de se conseguir doadores compatíveis com as necessidades dos pacientes do Hemocentro de Belo Horizonte (HBH). “Sei que tem gente que gostaria de vir todo dia, mas isso pode prejudicar o paciente que depende exclusivamente desse sangue”, reforça a responsável pelo setor de captação de doadores do HBH, Hellen Dupin.

Para participarem do café, os doadores foram divididos em grupos de 60 pessoas, entre doadores de plaquetas, hemácias, Rh- e fenotipados.  De acordo com a gerente técnica do HBH, Laiz Marzano, a ideia do encontro partiu do setor de captação da unidade e estão previstos, ainda para este ano, outros três encontros. “Fazemos o trabalho com amor, vontade de ajudar o próximo. Isso é o que move a Hemominas. Todo doador de sangue é especial, pois ele doa o que não é possível comprar. E o doador fenotipado, em particular, tem um diferencial a mais, pois seu sangue é direcionado a pacientes específicos, que possuem sangue com características peculiares. Alguns pacientes, por exemplo, têm apenas dois ou três doadores de quem podem receber o sangue”, explica.

O técnico em enfermagem Marco Antônio de Oliveira já fez 25 doações de sangue.
O técnico em enfermagem Marco Antônio de Oliveira já fez 25 doações de sangue - Foto: Adair Gomez.
Durante o café também foi anunciado que uma reivindicação antiga dos doadores de sangue raro, que diz respeito ao horário para as doações, será atendida. A partir de agora as doações poderão ser feitas de segunda a sexta-feira, até às 19h. “Vocês são pessoas diferenciadas. A solidariedade e o enorme coração de cada um de vocês, com quem sempre pudemos contar, nos estimulam a continuar buscando melhorias”, afirma Hellen Dupin. 


O técnico de enfermagem Marco Antônio de Oliveira é doador fenotipado e doa hemácias por aférese. Ele já fez cerca de 25 doações de sangue e também é cadastrado para ser doador de medula óssea. “Sou obediente, só venho doar quando me chamam (risos). Amo doar sangue e sei da importância desse gesto. É preciso ter disposição. Muitas vezes venho depois do trabalho, mesmo cansado, porque sei que existe a dificuldade de conseguir sangue, principalmente em épocas que acontecem muitos acidentes, além das pessoas que já precisam de sangue regularmente. Fico alegre em poder ajudar, atender quando precisam de mim. É confortante saber que meu sangue pode salvar quatro vidas”, afirma.

Hellen Dupin continua sua fala, lembrando da fábula do beija-flor – em que a avezinha tenta, sozinha, apagar um incêndio na floresta. Até que sua atitude sensibiliza os outros animais e eles, juntos, conseguem acabar com o fogo – e deixa um recado para cada pessoa que se dispõe a doar sangue. “A gente pode não resolver tudo. Mas se cada um de nós fizer a sua parte, muitas vidas serão salvas. É o doador que dá continuidade à história de cada paciente. Deixo meu muito obrigada a cada um de vocês em nome deles”, agradece.

“Num momento como este, nós que devemos agradecer pela oportunidade de fazer bem a alguém. Sou doador há mais de 40 anos. No início, as pessoas faziam a doação interessadas em outros benefícios, às vezes doavam sangue em troca de álcool e cigarro. Hoje em dia, fazemos a doação sem saber quem vai receber, e isso pouco importa, pois sabemos que estamos ajudando a salvar uma vida”, afirma o aposentado Ronaldo de Assis Carvalho, sangue O- e doador de hemácias.
Gestor responsável: Assessoria de Comunicação Social

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar