Além de toda a preparação, festa e demais providências que o ato de se unir a outra pessoa envolve, o ponto alto de qualquer cerimônia de casamento, com certeza, é quando o celebrante proclama, em alto e bom som: “Eu vos declaro marido e mulher!”

Mas, no caso da cientista social, Jacqueline Batista, e do engenheiro de informática, Gil Mendes, a história foi um pouco diferente: diante da impossibilidade de celebrar a união com cerimônia e festa por causa da Covid-19, eles resolveram realizar uma corrente de solidariedade. No convite, entregue pelas redes sociais, o casal pediu que os amigos e familiares fizessem uma doação de sangue na unidade de coleta Hemocentro de BH da Fundação Hemominas, como um presente dessa nova aliança de vida. A celebração, em forma de doação coletiva aconteceu, no sábado, 1º de agosto, onde a noiva, doadora desde os seus 18 anos, também realizou o procedimento.

Natural de Belo Horizonte, Jacqueline, 31 anos, conheceu e namorou o Gil, 27 anos, ao fazer um intercâmbio acadêmico em 2019, na cidade do Porto, em Portugal. Ela retornou do curso em junho do mesmo ano e, três meses depois, Gil veio ao Brasil e marcaram o casamento.

Surpreendidos pela pandemia e impedidos de viajar, mesmo separados - Gil em Porto e Jacqueline em BH -, não quiseram adiar a união. “Nosso desejo é multiplicar, somar e dividir esse amor, mesmo separados pela distância de 7.500km e várias situações adversas. Encontramos essa forma de celebrar nossas bodas e estamos muito felizes!”, contou Jacqueline, que recebeu inúmeros contatos de pessoas que nem conhece, mas que foram sensibilizadas com o gesto e manifestaram a intenção de doar.

Assim, à declaração ritualística, juntou-se outra: Eu vos declaro... doador e doadora!

Com certeza, a união da solidariedade e compromisso com o bem-estar do outro rendeu e há de render muitos bons frutos: “Nossa pretensão é incentivar a doação espontânea, com alegria e amor, estimular a solidariedade das pessoas e a conscientização de que não se deve esperar a dor de um familiar ou amigo hospitalizado para realizar sua doação”, ressaltou Jacqueline Batista. Agradecendo aos que aceitaram o convite, ela lembrou que alguns dos candidatos agendados não puderam doar por não atender a algum critério, como uma das madrinhas, Aline de Carvalho, que fez uso de antibiótico recentemente. “O importante mesmo foi a semente plantada: conscientização e generosidade!”, finalizou.

Recebam, Jacqueline e Gil, os cumprimentos da Fundação Hemominas e, é claro, dos muitos pacientes, por compartilharem esse ato de amor do qual tantos dependem para salvar suas vidas.

E que sejam felizes para sempre!

Para doar sangue:

Para informações sobre os critérios para doação de sangue, acesse o site da Hemominas.

Agende sua doação:

Com o objetivo de organizar o fluxo de atendimento, evitando aglomerações para que as doações de sangue ocorram da forma mais segura possível, a Fundação Hemominas orienta a população para que agende suas doações online ou pelo MGapp.

As unidades da Hemominas são ambientes seguros - estar saudável é uma condição básica para ser um doador. Atenta às recomendações do Ministério da Saúde, a Fundação intensificou os procedimentos de higienização e prevenção, entre eles: a obrigatoriedade do uso do álcool gel/líquido 70% nas mãos (qualquer doador ou pessoa que entrar nas unidades); só serão aceitas caravanas de doadores de, no máximo, 10 pessoas; as salas de espera das unidades, como as de coleta do sangue, foram reorganizadas de forma a garantir um distanciamento mínimo de 1 metro entre os doadores.

Conheça as condições e restrições para doação de sangue.